sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

MAIS UM ANO VAI...



2011 chega ao fim e acho que não há quem não faça um balanço do ano; que agradeça as bençãos e recorde as tristezas. É da nossa natureza olhar quais foram as lições aprendidas. Até porque, dizem os especialistas em concursos públicos, que a gente só aprende de verdade, quando “repassa a matéria”.
 
Neste ano, eu entendi que o resultado do meu trabalho só depende de mim e que o desenvolvimento dele varia com a forma que eu o enxergo. Se eu resolver me rebelar, fica difícil trabalhar. Por isso, decidi encarar a briga de frente, sem esperar que os outros façam algo para melhorar a minha situação. Cabe apenas a mim tal mudança.
 
Esses dias, disseram que estou apática. Não, não estou! Apenas cansei de fazer tempestade em copo d´água. Tenho recebido os problemas sem drama, avaliando exatamente quais as formas de solução, sem desespero.
 
É, estou mais calma! Algumas coisas e muitas pessoas nunca mudarão! Por isso, não adianta eu dar meu sangue, minha alma, minha vida... uma pedra é uma pedra e ponto final. Ficar remoendo ou insistindo apenas faz minha vida parar. Nada além disso!
 
Neste ano, entendi que a estagnação me incomoda demais! Sou pró ativa e reconheci isso. Não sei ficar parada (exceto quando assumo que preciso descansar). Não consigo sentar e esperar as coisas caírem do céu. Eu preciso construir a escada, para chegar onde pretendo.
 
Minha família continua sendo a coisa mais importante da minha vida! Pode entrar ano, sair ano, essa premissa continuará assim... sou intransigente quanto a isso!
 
Em 2011, descobri que sou capaz de perdoar, mas não sou capaz de esquecer! Aprendi que isto não é remoer o passado, mas sim, respeitar os meus limites!
 
Entendi que amigos são amigos, até que os interesses deles não estejam em jogo; que eles são capazes de te trair, não por falta de consideração, mas apenas porque era mais interessante para a vida deles. E assim, aprendi a me afastar, sem criar confusões ou intrigas, porque elas apenas afetam a mim!
 
As pessoas fazem escolhas e cabe a elas assumirem as conseqüências de seus atos! Quanto a mim, aprendi a respeitar e exigir respeito!
 
Assumi que sou afetiva ao extremo e que desejo viver um grande amor! Por mais que tenha fugido disto durante muitos anos, é o que quero para mim!
 
O que aconteceu em 2011 fica em 2011. Só levo para 2012, o que vale a pena.
 
Por fim, depois de sorrir, pular, cantar, chorar... termino o ano, com que o há de melhor em mim à flor da pele. E que 2012 venha com tudo, porque sou forte e capaz de agüentar os trancos!!!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Jeitinho


"O que é que faz a gente se apaixonar por alguém? Mistério misterioso. Não é só porque ele é esportista, não é só porque ela é linda, pois há esportistas sem cérebro e lindas idem, e você, que tem um, não vai querer saber de descerebrados. Mas também não basta ser inteligente, por mais que a inteligência esteja bem cotada no mercado. Tem que ser inteligente e... algo mais. O que é este algo mais? Mistério decifrado: é o jeito.


A gente se apaixona pelo jeito da pessoa. Não é porque ele cita Camões, não é porque ela tem olhos azuis: é o jeito dele de dizer versos em voz alta como se ele mesmo os tivesse escrito pra nós; é o jeito dela de piscar demorado seus lindos olhos azuis, como se estivesse em câmera lenta.

O jeito de caminhar. O jeito de usar a camisa pra fora das calças. O jeito de passar a mão no cabelo. O jeito de suspirar no final das frases. O jeito de beijar. O jeito de sorrir. Vá tentar explicar isso.

Pelo meu primeiro namorado, me apaixonei porque ele tinha um jeito de estar nas festas parecendo que não estava, era como se só eu o estivesse enxergando. O segundo namorado me fisgou porque tinha um jeito de morder palitos de fósforo que me deixava louca – ok, pode rir. Ele era um cara sofisticado, e por isso mesmo eu vibrava quando baixava nele um caminhoneiro. O terceiro namorado tinha um jeito de olhar que parecia que despia a gente: não as roupas da gente, mas a alma da gente. Logo vi que eu jamais conseguiria esconder algum segredo dele, era como se ele me conhecesse antes mesmo de eu nascer. Por precaução, resolvi casar com o sujeito e mantê-lo por perto.

E teve aqueles que não viraram namorados também por causa do jeito: do jeito vulgar de falar, do jeito de rir – sempre alto demais e por coisas totalmente sem graça –, do jeito rude de tratar os garçons, do jeito mauricinho de se vestir: nunca um desleixo, sempre engomado e perfumado, até na beira da praia. Nenhum defeito nisso. Pode até ser que eu tenha perdido os caras mais sensacionais do universo.

Mas o cara mais sensacional do universo e a mulher mais fantástica do planeta nunca irão conquistar você, a não ser que tenham um jeito de ser que você não consiga explicar. Porque esses jeitos que nos encantam não se explicam mesmo."

O jeito deles, de Martha Medeiros