segunda-feira, 11 de abril de 2011

ADOLESCÊNCIA, PAIXÃO E U2



Já tem quase dois anos que criei este blog e não lembro quantas vezes devo ter falado sobre o U2, isso porque quando a gente ama, não fica contando a quantidade de vezes que tocou no nome da pessoa ou da coisa... os comentários saem com naturalidade, de forma a demonstrar que aquilo faz parte do seu dia-a-dia.

E assim sou eu com o U2... eles fazem parte da minha vida há... muitos e muitos anos... não lembro a primeira vez que vi ou ouvi... mas lembro que fui apresentada a eles por minha irmã, mais velha e mais antenada...

E foi paixão a primeira vista!!!!

Lembro perfeitamente de, ainda no início da adolescência, passar férias de julho em Campos do Jordão e sair com minha irmã, para assistirmos ao cover do U2 (que, alguns anos depois, foi considerada a melhor banda cover, pelo próprio Bono Vox). O medo de ser barrada na porta do evento, por ser novinha, a excitação por conseguir entrar e ver aquele mundo de gente bonita curtindo a noite e esperando pelo show...

São imagens que ficaram cravadas em minha memória... o Everson (vocalista do U2COVER) com os punhos fechados e cruzados... um lenço vermelho pendurado no microfone... chapéu igual ao do Bono... cabelos compridos... olhos fechados... cantando.. "my hands era tied, my body bruised, she got me with, nothing to win and nothing left to lose"...

Daí pra frente, nunca mais desgrudei deles... a ansiedade pelo lançamento do Achtung Baby, em 1991... e não foi fácil me adaptar à nova fase do U2, que apresentava um estilo mais pop... mas era o U2, né, e não dava para, simplesmente, odiar... aprendi a gostar do novo estilo e das novas músicas... e ONE virou hino das mulheres apaixonadas...

Em 1998 eles vieram ao Brasil pela primeira vez. Comprei meu ingresso em Santos e fui ao show com a Belinha (ela aparece numa foto, grávida, num post q publiquei em novembro de 2009). Chegamos cedo... horas na fila... mais algumas horas sentada na arquibancada, tomando um sol que achei que me causaria ensolação... no fim da tarde, desabou aquela chuva típica do verão de São Paulo... e, a noite, o momento mais esperado... as luzes do estádio apagaram... a capa que cobria o "limão" foi retirada... e todos achavam que BONO sairia de dentro da escultura gritando "LEMONNNNNNNNNN" (que era uma das músicas mais tocadas no CD novo).

Mas, contrariando todas as expectativas... a Banda entrou pelo meio da plateia... levando o povo ao delírio!!! E eu lá, na arquibancada... que inveja daqueles que os viram passar pertinho... quando cantaram With or Without you, eu nem vi a menina que subiu no palco e deitou no colo do Bono, pois eu estava sentada, chorando de emoção...

E qual não foi minha alegria, quando em 2005 divulgaram novos show do U2 no Brasil... seriam 2 em SP e eu PRECISAVA ir... depois de muita loucura, consegui ingressos para os dois dias do evento... um marco na minha história de fã... já adulta curti demais os shows... curti os amigos que estavam comigo... tirei fotos... gravei o show (juro, tenho o show inteirinho gravado!).. foi tudo perfeito!!!! E, dessa vez, eu não chorei... Eu ligava pra minha irmã e dizia... "escuta Dé... queria vc aqui comigo", mas ela tinha uma filha recém nascida e não pôde ir comigo.

Os 3 shows marcaram momentos importantes da minha vida... a adolescência... o início da vida adulta e independente... 

Mas nenhum deles teve o significado que o show de quarta feira terá!!!

Hoje, aos 35 anos de idade (quase 36), posso dizer que o U2 é mais do que um grupo de rock... eles são um pedaço de mim... um pedaço que me liga a vários momentos da minha vida... cada música representa um desses momentos... um sentimento, uma emoção... 

Nesta quarta feira, assistirei ao quarto show deles (terceiro da turnê, mas o quarto da minha vida) e realizarei um grande sonho: estar ao lado da minha irmã...

É difícil demais expressar o que isso significa para mim... será uma emoção sem tamanho... foi ela quem me ensinou a amar o U2... e eu não conseguia levá-la aos shows comigo e sabia que ela ficava em casa, se roendo de raiva por não poder curtir a banda que ela mais gosta... eu, sem ela lá, era apenas 1/2 Ana... mas, desta vez, serei a Ana inteira...




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