terça-feira, 30 de junho de 2009

PAPO SÉRIO!!!

Hoje cedo, enquanto me dirigia ao escritório, pensava no assunto deste post. E, sinceramente, não sabia o que escrever.

Tenho o hábito de ouvir a CBN, quando estou no carro e, não fiquei surpresa, mas sim revoltada, quando ouvi a Declaração de um Senador, que afirmava não ver problema em manter um funcionário em Belo Horizonte, pois o referido rapaz tinha como função “fazer política” e que esta é a função do Senado.

Eu sei que o assunto é sério e que posso ser muito criticada. Mas não me importo! Se não gostarem, respeito! As pessoas não são obrigadas a pensar da mesma forma. Pensamento e ideologia não são equações matemáticas! Portanto, liberdade de expressão significa que a soma de dois e dois pode resultar no número cinco. Desde que fundamentadas, todas as conclusões são aceitáveis.

Ainda no Colegial, aprendi que o Brasil vive uma democracia, e que esta tem como base a tripartição dos Poderes do Estado em Executivo, Legislativo e Judiciário.

Ao entrar na faculdade de Direito, logo no primeiro ano, foi ministrada matéria denominada Fundamentos do Direito Público, corretamente abreviada de “FDP”

Com esta matéria, aprendi que o Poder Legislativo é representado pelo Congresso Nacional que, por sua vez, é composto da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos exatos termos do art. 44 da Constituição Federal.

A função típica do Poder Legislativo é legislar, ou seja, elaborar leis. Atípicas são as funções de julgar crimes de responsabilidade e de aprovar orçamentos, por exemplo. Assim, fica fácil entender que Senadores, Deputados e Vereadores não são eleitos para fazer política!

Para ser mais explícita, “fazer política” é a arte de governar; a arte de organizar, dirigir e administrar um Estado, como bem define o dicionário Houaiss. Estas são funções típicas do Poder Executivo!!!!!

O problema é que a política brasileira está desvirtuada e, como o referido dicionário também explica, foram criados sentidos figurados para a palavra, que pode ser definida como “habilidade no relacionar-se com os outros tendo em vista a obtenção de resultados desejados” ou “astúcia, maquiavelismo no processo de obtenção de alguma coisa”.

Ou seja, atualmente, fazer política é relacionar-se para obter um fim desejado.

A verdade é que o Congresso Nacional Brasileiro criou uma nova função típica para o Poder Legislativo: “obter fins desejados”.

Não se legisla mais! Não temos a reforma tributária tão necessária e esperada. A reforma do Código Civil demorou décadas e muitos artigos já estão ultrapassados, em razão do tempo.

Tudo isto porque os Senhores Deputados e Senadores não estão preocupados em legislar, mas sim em fazer política para obterem os benefícios desejados, como salários elevados, passagens aéreas para seus familiares e amigos, cartões de créditos usados no exterior em férias e telefones celulares (inclusive de seus filhos).

Até aceito a idéia de que um Senador faça política. Mas não o faça com o dinheiro público!

É um absurdo que o povo brasileiro ainda aceite isto!!! Eu não aceito e me revolto!!!

Eu trabalho e ganho meu dinheiro honestamente. Não iludo e nem engano as pessoas. E pobre de mim, se algum cliente ficar insatisfeito com o serviço prestado. A OAB pode até caçar minha inscrição!!!!

Só cabe a nós, cidadãos, caçarmos as “inscrições” destes Senadores e Deputados.

Só cabe a nós, cidadãos, darmos o pontapé inicial, para acabarmos com a idéia de que o brasileiro é o povo do “jeitinho”!

Só cabe a nós batalharmos pela nossa dignidade!!!!!

Um comentário:

  1. politica é só um jogo de poder pra dividir os espólios entre as quadrilhas. rs pior que é...rs

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Deboneia aí...