sábado, 6 de fevereiro de 2010

JABOR... DE NOVO...



Já notaram que toda vez que alguém escreve alguma coisa na net e quer credibilidade assina como Arnaldo Jabor, ou Luís Fernando Veríssimo, ou Martha Medeiros?????

Eu como fã assumida dos 3 (mais do LFV que de qualquer outro) sempre fiquei imaginando o que passaria pela cabeça dessas pessoas ao ver isso... Às vezes recebo um email e penso: "Jabor nunca escreveria isso!!!" ou "Vê se LFV ia ser tão piegas???"

Recebi um "texto do Jabor" essa semana, até interessante e pensei em postar, mas antes fui verificar a origem e não consegui comprovar. Aí achei esse. Respondeu todas as minhas questões e outras mais...

Adorei saber que ele evita cacófatos a todo custo (às vezes me envergonho desse tipo de neurose) e adorei as conversas dele com as peruas na rua.

E se confirmou o que eu disse, no dia da bronca que a Xará deu nele, então reitero: casava com o Jabor... E olha que na pequisa eu descobri que ele é do mesmo ano que a minha mãe!!! Mas... quem pode resistir a um homem que escreve uma frase como essa: Na internet eu sou amado como uma besta quadrada, um forte asno... (dirão meus inimigos: “Finalmente, ele se encontrou...”)

Blogs, twitter, orkut e outros buracos

Arnaldo Jabor

- Não estou no “twitter”, não sei o que é o “twitter”, jamais entrarei neste terreno baldio e, incrivelmente, tenho 26 mil “seguidores” no “twitter”. Quem me pôs lá? Quem foi o canalha que usou meu nome? Jamais saberei. Vivemos no poço escuro da web. Ou buscamos a exposição total para ser “celebridade” ou usamos esse anonimato irresponsável com nome dos outros. Tem gente que fala para mim: “Faz um blog, faz um blog!” Logo eu, que já sou um blog vivo, tagarelando na TV, rádio e jornais... Jamais farei um blog, este nome que parece um coaxar de sapo-boi. Quero o passado. Quero o lápis na orelha do quitandeiro, quero o gato do armazém dormindo no saco de batatas, quero o telefone preto, de disco, que não dá linha, em vez dos gemidinhos dos celulares incessantes.

Comunicar o quê? Ninguém tem nada a dizer. Olho as opiniões, as discussões “online” e só vejo besteira, frases de 140 caracteres para nada dizer. Vivemos a grande invasão dos lugares-comuns, dos uivos de medíocres ecoando asnices para ocultar sua solidão deprimente. O que espanta é a velocidade da luz para a lentidão dos pensamentos, uma movimentação “em rede” para raciocínios lineares. A boa e velha burrice continua intocada, agora disfarçada pelo charme da rapidez. Antigamente, os burros eram humildes; se esgueiravam pelos cantos, ouvindo, amargurados, os inteligentes deitando falação. Agora não; é a revolução dos idiotas online.

Quero sossego, mas querem me expandir, esticar meus braços em tentáculos digitais, meus olhos no “google”, (“goggles” – olhos arregalados) em órbitas giratórias, querem que eu seja ubíquo, quando desejo caminhar na condição de pobre bicho bípede; não quero tudo saber, ao contrário, quero esquecer; sinto que estão criando desejos que não tenho, fomes que perdi. Estamos virando aparelhos; os homens andam como robôs, falam como microfones, ouvem como celulares, não sabemos se estamos com tesão ou se criam o tesão em nós. O Brasil está tonto, perdido entre tecnologias novas cercadas de miséria e estupidez por todos os lados. A tecnociência nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas vivas, chips, pílulas para tudo, enquanto a barbárie mais vagabunda corre solta no País, balas perdidas, jaquetas e tênis roubados, com a falsa esquerda sendo pautada pela mais sinistra direita que já tivemos, com o Jucá e o Calheiros botando o Chávez no Mercosul para “talibanizar” de vez a América Latina. Temos de ‘funcionar’ – não viver. Somos carros, somos celulares, somos circuitos sem pausa. Assistimos a chacinas diárias do tráfico entre chips e “websites”.

ESCRITORES FANTASMAS

O leitor perguntará: “Por que este ódio todo, bom Jabor?” Claro que acho a revolução digital a coisa mais importante dos séculos. Mas estou com raiva por causa dos textos apócrifos que continuam enfiando na internet com meu nome. Já reclamei aqui desses textos, mas tenho de me repetir. Todo dia surge uma nova besteira, com dezenas de e-mails me elogiando pelo que eu “não” fiz. Vou indo pela rua e três senhoras me abordam – “Teu artigo na internet é genial! Principalmente quando você escreve: ‘As mulheres são tão cheirosinhas; elas fazem biquinho e deitam no teu ombro...’”

“Não fui eu...”, respondo. Elas não ouvem e continuam: “Modéstia sua! Finalmente alguém diz a verdade sobre as mulheres! Mandei isso para mil amigas! Adoraram aquela parte: ‘Tenho horror à mulher perfeitinha. Acho ótimo celulite...’” Repito que não é meu, mas elas (em geral barangas) replicam: “Ah... É teu melhor texto...” – e vão embora, rebolando, felizes.

Sei que a internet democratiza, dando acesso a todos para se expressar. Mas a democracia também libera a idiotia. Deviam inventar um “antispam” para bobagens. Vejam mais o que “eu” escrevi: “As mulheres de hoje lutam para ser magrinhas. Elas têm horror de qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba!”... Luto dia e noite contra cacófatos e jamais escreveria “cós acaba!”. Mas, para todos os efeitos, fui eu. Na internet eu sou amado como uma besta quadrada, um forte asno... (dirão meus inimigos: “Finalmente, ele se encontrou...”)

Vejam as banalidades que me atribuem:
“Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!”
Ou: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!”
Ainda sobre a mulher: “São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.”
Há um texto bem gay sobre os gaúchos, há mais de um ano. Fui “eu”, a mula virtual, quem escreveu tudo isso. E não adianta desmentir.

Esta semana descobri mais. Há um texto rolando (e sendo elogiado) sobre “ninguém ama uma pessoa pelas qualidades que ela tem” ou outro em que louvo a estupidez, chamado “Seja Idiota!”...
Mas o pior são artigos escritos por inimigos covardes para me sujar. Há um texto de extrema direita, boçal, xingando os brasileiros, onde há coisas como: “Brasileiro é babaca. Elege para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari. Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira. Brasileiro é vagabundo por excelência. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada, não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo. 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como ‘aviãozinho’ do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora... O brasileiro merece! É igual a mulher de malandro – gosta de apanhar...”

E o pior é que muita gente me cumprimenta pela “coragem” de ter escrito esta sordidez. Ou seja: admiram-me pelo que eu teria de pior; sou amado pelo que não escrevi. Na internet, eu sou machista, gay, idiota, corno e fascista. É bonito isso?

Beijos

Martha Med.. digo...

Ana Mineira


O ET E O BBB



Estava na janela e olhava lá para fora. O céu estava estrelado, como na maioria dessas noites entre o verão e o outono. Foi quando vi o clarão, o flash por trás dos galhos da árvore à minha frente, cuja copa tapava parte das luzes da cidade. Cenário com o qual habituei-me nos últimos 15 meses.


De repente salta dali um homenzinho verde, um ET que vai logo puxando papo.

- Diga lá, meu camarada! Não assusta não, sou de paz, assim como você. Como vão as coisas?

- Quem é você, de onde veio?

- Você já ouviu isso, mas vou repetir pela milésima vez: sou de um planeta distante, posso viajar a anos-luz por hora, falo a sua língua e posso ler seus pensamentos. Enfim, sou bem mais evoluído que você.

Gostei da franqueza do cara, apesar de pequenininho era abusado e parecia divertido.

- Você tá meio chateado...

O Etezinho chegou com a corda toda e já dando palpite. Pelo menos agora tinha alguém para conversar.

- Estou sim, meio solitário. O pessoal não está me dando muita bola.

- Cadê o pessoal? Sua mulher, as crianças...

- Olha Verdinho - vou te chamar assim tá? Os últimos 70 e poucos dias não têm sido fáceis, ando num enclausuramento noturno involuntário, justo quando quero conversar com o pessoal aqui de casa. Antes, todos riam das besteiras que eu dizia ao entrar na sala. Agora, estão todos na frente da TV ou do computador vendo o Big Brother Brasil.

O ET se ajeitou na folhagem para me ouvir. Era mais ou menos do tamanho de um galo, usava uma roupa engraçada e botas de cano bem alto, tudo verde, inclusive ele. Ouvia minhas queixas com atenção.

- As crianças ainda consigo tirar dali, mas minha mulher não arreda o pé. O relacionamento está abalado, quase não nos falamos ou quando isso acontece é só para as coisas práticas, o básico do dia a dia.

- Mas você não tenta uma aproximação?

- Tento, quando chego perto e faço um carinho ela até retribui, mas não é com aquela atenção que eu gostaria. É só um beijinho de raspão, rapidinho, desses que a gente nem sente direito. Nem bem viro o rosto e a vejo de novo com os olhos vidrados no tal de Alemão. Sinto que estou perdendo terreno.

- O caso é sério, tens um inimigo forte. Já ouvi falar dessa Globo.

- Já, ET?

- Já. Tem gente que vem de longe piratear o sinal para outras galáxias. Ninguém faz TV tão bem quanto na Terra. E a Globo é uma das melhores, brasileiro é bom em futebol e televisão.

- E carnaval. Música e outros esportes além do futebol.

Percebi o olhar de aprovação do ET. Estávamos ficando amigos.

- Posso sintonizar a Globo daqui.

- Dentro da nave tem tv?

- Não, sintonizo aqui mesmo - disse, apontando para a cabeça redonda com duas anteninhas parecendo uma barata verde cibernética. Continuei minhas queixas.

- Armei minhas barricadas, adotei estratégias de guerra, mas pouco tem adiantado, os resultados são ridículos. Consigo pouco mais que um "O que foi?", dito assim de qualquer jeito - às vezes repetido com ênfase para corrigir o pouco caso, mas aí é tarde. Meu coração está irremediavelmente atingido. Não sou mais a atração noturna, o cara que chega da rua com as novidades, os chocolates ou a cervejinha para um papo de fim de noite. Sou o incômodo, o sujeito que vai mudar de canal ou então ficar ouvindo música em outro lugar da casa. E o pior é que a coisa não fica restrita ao horário do programa. É um tal de Siri no Faustão, Flávia no vídeo-show, Fani no caldeirão... As mulheres são bacanas e tudo, mas não consigo ficar o tempo todo vendo e ouvindo aquilo. Daqui à pouco vão colocar ex-BBB ao lado do Galvão Bueno. Aliás, nem futebol deixa as pessoas assim! Até o Bial ficou nervoso no dia que o cowboy foi eliminado. Acho desproporcional e meio forçado, artificial.

- Olha, é artificial mesmo, mas o mote não é a simulação da realidade? É típico dos tempos que você vive aí na Terra, não acha? Mas daí a você se indispor em casa, é um pouco demais, não? É só lembrar daquela lei elementar: gosto não se discute.

O ET me ouvia, mas ficava a maior parte do tempo com os olhos fechados. Percebi que ele estava "assistindo TV" e gritei:

- Ô Etezinho, sacanagem pô, eu aqui me queixando justamente desse negócio de televisão e você aí, vidrado? Tá parecendo o pessoal aqui de casa!

O ET fez um sinal com a mãozinha, para eu falar baixo.

- A Analy e o Diego estão conversando. Acho que no próximo paredão eles vão votar na....

- Peraí, ET, pode parar! Até você vai ficar nessa de Big Brother??

Ele dá um passo no ar, flutua em minha direção para dizer no meu ouvido:

- Fica frio, daqui a duas semanas acaba. É só um programa de TV, não tem importância. Agora me dá licença.

E sumiu no meio da folhagem, com a mesma rapidez com que apareceu do nada. Assim como as celebridades do Big Brother, com excessão da Grazi. Putz.


O texto acima foi escrito durante o BBB7, pelo jornalista Marcos Antonio Alves, marido da nossa grande amiga Martinha.... recentemente, foi postado no blog dele e não me contive em publicá-lo aqui também!!!!

Merecia estar em vários blogs, para ser lido por muitas pessoas... rs

Em que pese ter sido escrito em 2007, o conteúdo é atualíssimo!!!

Martinho, Lulu, ou simplesmente Marcos... obrigada pela autorização!!!

Beijos

Aninha

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

BAD DAY



Beijos

Ana Mineira

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A CRISE...



É, a crise insiste… acho que me dominou… ui ui ui… rs

Nessas horas, eu sempre penso no Chico Buarque.

Não sei se foi em alguma entrevista ou se foi na coleção de DVDs... só sei que lembro dele contando o quanto sofre durante o período em que está escrevendo seus livros.

Nem me venham com a discussão sobre a qualidade das histórias... rs... Não é sobre isso que estou falando, até porque pra mim é inegável que como escritor, Chico é um ótimo compositor... kakakakaka... (é hoje que eu apanho da minha Xará... rs).

Enfim, ele falou que já chegou a ficar um ano trancado em casa, para poder redigir um de seus livros. E, citou que o que mais o abalava eram os momentos de ausência de criatividade.

Disse ainda, que em alguns dias, ele sentava em frente à máquina de escrever (isso mesmo, máquina de escrever, ta... ) e não conseguia colocar no papel uma só linha.

Na época, achei o maior absurdo!!!! Fala sério, como é possível alguém ficar UM ano sem sair de casa, só pra escrever uma historinha????????

Porém, na vida, nada é por acaso, né? O tempo me ensinou o significado deste isolamento... juro para vocês que sei o que é isso!!!! Entendi a necessidade dele se afastar do mundo, para não sofrer influências.

Quando decidi escrever meu livro, sentei em frente ao notebook (sou muito mais “muderna” que ele... rs) e em apenas 3 horas, foram 30 páginas da mais pura inspiração. Depois, foram mais 2 meses para redigir mais 45...

Com o “rascunho” feito, resolvi reler e, como diria um amigo... “Dels du Cel”... quase tive uma síncope nervosa!!!! Reescrevi várias coisas... apaguei outras tantas... e, por fim, restaram 67 páginas inacadas. O livro está aqui... aguardando mais um pouco de inspiração... por ora, não to conseguindo nem reler o que já escrevi... rs

O que estou querendo dizer com tudo isso é descobri que estes momentos de ausência total de criatividade são da natureza humana e não me assustam mais...

Em alguns dias, gasto tanta energia pensando, no trabalho, que chego em casa e só tenho vontade de ficar na net falando besteiras, ou deitada vendo filmes...

Só posso mesmo é pedir desculpas a vocês que estão lendo minhas lamúrias há alguns dias... rs... prometo que vai passar e vou voltar a escrever coisas mais interessantes, ok??? Rs

Beijos em todos

Aninha

ps.: a imagem foi encontrada no google e, tem como única função mostrar que alguém, no mundo, é criativo... rs

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

NOSSO AMIGO O GRANDE IRMÃO


Outro dia a Aninha fez um post sobre BBB e citou o livro 1984, de George Orwell, que inspirou o nome do programa e aparentemente também o conceito do jogo.
E aí não resisti... Preciso desabafar... Esse asunto me incomoda há anos...

Os participantes do programa NÃO são brothers e sisters!
O Big Brother é o Boninho!

Ai, falei!!! Ufa!!! Que alívio...

Li o livro em 1984, em plena adolescência (ele foi escrito em 1955, tipo ficção científica pós Segunda Guerra) e ainda me lembro da agonia que senti... O Grande Irmão é o Estado, que trás toda a população em rédeas curtas, impondo regras rígidas para os menores aspectos da vida de cada um, controlando todas as atividades e interferindo em tudo. A eles é dito o que vestir, o que comer, onde trabalhar, onde ir, com quem e como se relacionar. Sem nenhuma garantia de direitos e liberdade individual. Para manter isso todos os cidadãos são vigiados por câmeras e microfones 24 horas por dia.

Esse é o jogo. Essa é a essência. "Mas isso é sádico!!!" Claro que é! É a reprodução de um cenário de totalitarismo, um pesadelo humano! E ou nós assumismos o nosso sadismo (sim! somos sádicos!) ou deixamos de dar audiência pra eles. Mas ficar por aí choramingando contra a emissora, a direção, a produção, clamando por justiça e direitos humanos é patético. É como se num jogo de futebol a gente se revoltasse de ver os jogadores disputando a bola, desse uma pra cada um e dispensasse o árbitro (aquele malvado que expulsa!!!).

Ontem apareceu a notícia de um projeto na Câmara dos Deputados que prevê a punição das emissoras que transmitam situações e cenas que atentem contra a dignidade humana em reality shows.
Hein???????
Como????????
Atentar contra a dignidade humana????
Lá ninguém assiste a telejornal????


Aproveitando a semana da propaganda vou citar: "Brasileiro é tão bonzinho!".
A gente não briga, não reclama, não protesta, não discrimina... Somos todos amigos, levamos tudo numa boa (tanto assim que a pessoa se mata pra entrar num jogo, depois se mata numa prova pela liderança e depois chora porque tem que indicar alguém)...

De tão bonzinhos que somos conseguimos distorcer o conceito de Orwell e entramos numa de brodagem com o grande irmão: "É Big! É brother!!" (quando vejo esse brinde imagino o pobre George se revirando no túmulo...) E no final das contas o grande irmão acaba virando o chatinho metido a besta que atrapalha a diversão...

Como assim, Bial?? A Rede Globo, na figura do Boninho, É o grande irmão, quer gostemos ou não. A função dele é atormentar a todos
, com um autoritarismo levado as últimas consequêcias. Primeiro àqueles jogadores (que, afinal de contas, entraram ali pra ser atormentados) e também ao público, que faz o papel do leitor de 1984 e sofre com a própria impotência. Sim, também estamos ali para sofrer com os desmandos (o programinha além de tudo é masoquista... S&M... devia passar em canal adulto...). Ser arbitrário e mudar as regras não é só uma prerrogativa do dono daquela brincadeira... É a própria brincadeira.




Beijos

Ana Mineira

NADA COM NADA...



Continuo em crise de criatividade…

Pensei em escrever sobre a “regravação” de We are the World, no melhor estilo USA FOR HAITI, mas meu amado BONO VOX tava tão parecido com o Robbie Williams (ator) na foto da UOL, que perdi o tesão... rs

Mas ainda pensava em falar sobre música... fucei uns vídeos de Moulin Rouge, mas não deu liga... então, lá fui eu para os meus favoritos do Youtube...

Certa vez, fazendo uma entrevista para estágio tive que escrever uma redação que não tinha tema determinado (o que não é normal...)... e eu, passando por uma dessas minhas crises de criatividade, usei de tema o próprio tema... rs... coisa de louco né? Rs... o título foi “TEMA LIVRE” e falei sobre a dificuldade de escrever numa hora dessas...

Eles iriam me ligar para fazer um novo teste em algum dia (aquela coisa do tipo “te ligo depois”), mas quando eu estava na portaria, ligaram e fui “pega” saindo do elevador... fiz todos os demais testes naquele dia mesmo... acho que curtiram meu texto... rs...

Enfim, ainda tenho que escrever este post... rs

E aí????? Procurei “Adios Noniño”, mas antes de encontrá-lo, vi Oswaldo Montenegro. Só que ainda não era ele... impressionante como pela primeira vez, não era ele... rs... não to conseguindo achar nada que expresse meus sentimentos hoje...

Lembrei da “pessoa querida” citada no post da minha Xará... só pra constar, apesar de eu ser chata, também sinto saudade, viu!!!! Rs

E, finalmente acho que encontrei o que procurava... uma música que fala profundamente com meu coração!!! Curtam essa música, que me faz viajar, pensar e amar... que reflete agonia e dá esperança... e, ainda que meu coração doa, me faz sorrir...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

CORUJAS



A Coruja e a Águia

Fábula portuguesa recontada por Monteiro Lobato


Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
- Basta de guerra - disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
- Perfeitamente - respondeu a águia. - Também eu não quero outra coisa.
- Nesse caso combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
- Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
- Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
- Está feito! - concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos! - disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
- Quê? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...
Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Lá diz o ditado: quem o feio ama, bonito lhe parece.



Ah! Fazer o quê??
Como diz minha amiga July, nós duas temos sorte...
Podemos nos gabar da beleza de nossos filhos à vontade porque eles são mesmo muito lindos... hahahahahahahahahahahaha

Aliás, a mãe de uma pessoa querida diz a mesma coisa...
Saudade, pessoa querida!
E a fábula vai pra corujinha da Ju, que adora essa história...


Beijos


Ana Mineira