domingo, 28 de fevereiro de 2010
THRILLER
Mas como não gostar desse video???
Como não lembrar de seu lançamento??
Como não se empolgar com a coreografia dos zumbis?
Como não vibrar com a gargalhada maléfica do Vincent Price???
Digam o que disserem, mas Michael Jackson era o gênio do pop!
Bom domingo, queridos!
Beijos
Ana Mineira
sábado, 27 de fevereiro de 2010
ON MY OWN
Gosto demais dessa música (do musical Les Miserables)... por alguma razão qualquer, acho que todos são assim... em determinados momentos, nos sentimos sós, e imaginamos estar rodeados de sonhos...
Nossa mente é capaz de nos levar a lugares inimagináveis, fazendo coisas possíveis apenas em sonhos!!!! Posso viver o amor mais louco, de forma intensa e ser eternamente correspondida... ser uma grande estrela do cinema... ser aquela que descobre a cura de uma doença grave... ser intocável... ter poderes para controlar os males do mundo, sem que sofram as pessoas que amo...
Posso ser e fazer o que quiser, desde que eu tenha consciência de que tudo não passa de uma fantasia e que, quando ela acaba (ou eu acordo), estou por minha própria conta e risco.
Beijos
Aninha
obs.: para saber a tradução da música, clique aqui
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
DRUMMONIANDO

Edu, nosso querido Don Juan de Marco com alma de poeta, me pediu pra falar sobre Carlos Drummond de Andrade. Coitado, abriu a caixa de Pandora... É dos meus poetas preferidos e, mais que isso, sempre me senti muito próxima dele.
"Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira."
Confidências do Itabirano
É verdade, Carlos nasceu em Itabira, lá ele passou boa parte da infância, voltando quando se casou para lecionar história e geografia. Itabira é aqui pertim, um "tirim de espingarda"... então sempre que viajo e passo no trevo, logo ali na saída para Vitória, deixo uma olhadinha saudosa. Carlos estudou no Colégio Arnaldo, que fica em um bairro vizinho, e não há como passar na porta sem lembrar do professor que, segundo a lenda, disse que o menino era "retardado". Carlos escalava os arcos do Viaduto Santa Tereza, onde moro. Carlos e eu somos íntimos... e há muito tempo...
No ano de sua morte, minha professora de português mandou fazer um trabalho sobre o poeta. O meu grupo dispensou os velhos cartazes e pequisas e fez uma peça, uma verdadeira antologia poética. Éramos nove alunos e decoramos os poemas que recitávamos lindamente. Tinha figurino, maquiagem, trilha sonora... Um sucesso estrondoso, de público e crítica. A professora ficou tão maravilhada que nos levou em uma turnê nos apresentando pelo colégio e por outros lugares. É claro que boa parte da turma, que já nos achava metidos a besta, passou o resto do ano com aquele olhar de "aff.." (incrível como pessoas sem graça têm inveja da "interessantice" alheia, né??).
"Por que mente o homem?
mente, mente, mente,
desesperadamente?
Por que não se cala,
se a mentira fala,
em tudo que sente?"
Especulações em Torno da Palavra Homem
A coisa que mais gosto nessa história é lembrar como um poeta tão sofisticado, e cético, e irônico pôde (a reforma ortogáfica que me desculpe, mas vou usar acento diferencial por muito tempo ainda, podem chamar de desobediência civil) encantar e inspirar tanto um bando de meninos... Prova de que a arte é capaz de tocar o coração mais chucro (tem coisa mais chucra que adolescente?).
Nada mais gostoso que perceber nessa sofisticação de grande poeta um sotaque tão mineirim... e aquele olhar descomplicado daqueles, que a gente aqui, chama de "gente da roça".
Carlos morreu no dia 17 de agosto de 1987, apenas 12 dias depois de sua única filha, Maria Julieta. As fotos e imagens que temos dele são quase sempre de um velhinho careca, muito sério e magro. Mas o Carlos que transparece na poesia acho que nunca saiu de Itabira, nunca teve mais de 18 anos e era um apaixonado... Tanto assim que morreu de amor.
Carlos é parte importante da minha formação de pessoa, de leitora. Foi também com ele que aprendi o valor de ser um estranho ímpar.
Igual desigual
Eu desconfiava:
Todas as histórias em quadrinhos são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais.
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são iguais.
Todos os partidos políticos são iguais
Todas as mulheres que andam na moda são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais.
E todos, todos os poemas em versos livres são enfadonhamente iguais.
Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores iguais, iguais, iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa.
Ninguém é igual a ninguém.
Todo o ser humano é um estranho ímpar.
* Esse post é dedicado ao edu.
* Coloquei apenas trechos e nomes da maioria dos poemas, até porque senão o texto ficaria mais gigantesco que já está... quem quiser joga o nome no Google, tá?
Beijos
Ana Mineira
HORÓSCOPO MALDITO
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
QUEM SABE...
De qualquer jeito eu já estava querendo postar essa, que tem tudo a ver...
Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo a frente do sol
Abri a porta e antes de entrar,
revi a vida inteira
Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem, desejo de cais
Pequenos fragmentos de luz
Falar da cor dos temporais
De céu azul das flores de abril
Pensar além do bem do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
estrada de fazer o sonho acontecer
Pensei no tempo e era tempo demais
E você olhou, sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça
Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar
Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
estrada de fazer o sonho acontecer
Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar
Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar
Em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor,
estrada de fazer o sonho acontecer
Beijos especiais
Ana Mineira
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
FIM DA GREVE!!!
Hoje, dia 23 de fevereiro é o aniversário de uma pessoa que gosto muito. Ju, te amo, meu amigo!!!
Mas não dá para desvincular o dia de hoje de outra pessoa que é muito importante pra mim.
Daniel, amigo querido que tem no meu coração um espaço maior que qualquer outro amigo jamais terá!!! Que me perdoem todos os outros amigos, mas Daniel é O CARA!!!
Daniel, menino homem, que conheci adolescente. Soa piegas dizer que ao fechar os olhos, vejo o brilho do seu sorriso e dos seus olhos, porque posso vê-los de olhos abertos mesmo!!! Sentir seu cheiro, ouvir sua risada (e como eu amo lembrar dela) e seu abraço... ah o seu abraço meu amigo... seu abraço só não é melhor que suas coxas maravilhosas!!!!
Hoje, você completaria 36 anos de idade. Dentro de 5 dias serei obrigada a conviver e relembrar a maior dor que senti na vida... te perder pra sempre! Mas a mente do ser humano é maravilhosa... não sei se perdi as contas ou se parei de contar mesmo... só sei que não lembro há quantos anos vc foi embora, certamente para um lugar melhor, pois sua alegria não merecia outro lugar que não fosse o azul do céu.
Não quero te prender aqui, mas não tenho como negar que as datas marcam!!! Como citado em outro post, "saudade é o amor que fica"... e fica mesmo!!!! Já aprendi a conviver com ela e sei que você também!!! Hoje, você é uma das mais doces lembranças que tenho guardada no coração!!!
Te amei... te amo... te amarei eternamente!!!
GREVE
Fui... beijos
Aninha
obs.: música escolhida com a ajuda do Sid... obrigada amigo querido!!!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
SOBREVIVÊNCIA
Aos nossos Scarlett Moon de Chevalier e Lulu Santos...
E a todos os amores que também sobrevivem ao tempo, à distância e à vida...
Beijos
Ana Mineira
domingo, 21 de fevereiro de 2010
MÉNAGE A TROIS NADA CONVENCIONAL
obs.: a primeira imagem é uma tela de Anton Nickson
sábado, 20 de fevereiro de 2010
O GENTIL-HOMEM, O FIDALGO E O MONTADOR DE CAVALOS

A primeira é sinônimo de gentil-homem e pode ser traduzida por gentilhomme, ou gentleman, ou gentiluomo, ou seja, um homem de boas maneiras. Na verdade, na Europa, no auge das monarquias era a palavra usada na Inglaterra para destacar um homem bem nascido, mas sem títulos de nobreza. Um quase nobre, digamos assim...
Já a palavra cavaleiro surgiu pra designar um homem que tinha um cavalo que podia manter a serviço do estado. No nosso idioma permaneceu bem perto da origem e, ainda hoje, é o homem que monta cavalos. Só que na antiguidade um cavaleiro era considerado um cidadão superior, um soldado. Sabe aquele que matava o dragão pra salvar a princesa? Ele mesmo. Então na Inglaterra se tornou um título concedido pelo rei ou rainha, o fidalgo (filho de algo), que é transmitido de geração em geração e é a porta de entrada para a corte, a única maneira de se chegar à nobreza.
Acho que toda essa bagunça linguística é que confunde os homens desse país (tem que ter uma explicação, né?). A parte do cavalo é fácil... Mas essa história de separar um homem bem nascido, que sabe ser gentil daquele que é um nobre de nascimento e salva princesas de dragões... Aff... Aí complica... A começar que não está nada fácil se encontrar um dragão por aí... E as princesas de hoje em dia... se sustentam, dirigem, saem sozinhas. Não dão sinal de precisar de um salvador. Quanto aos bons modos, quem liga? Aparentemente ninguém. Ninguém precisa ser salva, ninguém liga pra gentileza e dragão é um equívoco histórico. Certo? Não.
Eu, sem perceber, comecei a fazer um teste com meus vizinhos, observando como eles agem ao entrar no prédio junto comigo. Aprendi quais são os que fazem questão de abrir as portas pra mim e mante-las abertas, se desculpam quando estão com as mãos ocupadas e em hipótese nenhuma entram primeiro no elevador. Desnecessário dizer que são meus favoritos. Desde que descobri que faço isso comecei a ver o quanto presto atenção a essas coisas e quanto elas são significativas. Mesmo quando o vizinho é gay, ou mesmo que seja meu pai ou meu irmão. Que sensação boa perceber esses seres tomando cuidado pra não andar na minha frente, ou pra que eu não tropece, me cedendo a vez. Homens e mulheres são criaturas diferentes, sem dúvida, e boa parte desses hábitos foi criada tendo em vista nada além da inferioridade física feminina, mas demonstram zelo, deferência por tudo que somos e significamos e não tem como isso não fazer bem...
Não, na maior parte do tempo não precisamos mais ser salvas... (o que não significa que eu dispense uma figura masculina confiável numa situação de perigo físico...) Não de nada que ameace nossa sobrevivência, nem precisamos mais da tutela de ninguém. O monstro da dependência é uma realidade cada vez mais distante. Mas todas e todos merecem ter quem os salve da frieza, da solidão, da desesperança... E que tenha cavalo ou não, mas que entenda de solidariedade.
Quanto ao dragão, ele hoje usa os mais variados disfarces... Às vezes ele é carência, insegurança, em outras é medo, cobrança, aspereza, intolerância... O certo é que é mais fácil matá-lo se tiver alguém do lado pra te proteger.
Espero que agora tenha ficado mais claro... Porque a verdade é muito simples: todo mundo quer se sentir especial. E mulheres se sentem especiais quando tratadas como... mulheres. Ainda que não sejam princesas em perigo, nem donzelas indefesas. E ainda que os fidalgos e cavalheiros não sejam nada mais que os homens comuns que as cercam desde sempre.
Beijos
Ana Mineira
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
SAÚDE!

Às vezes tudo pesa, né?
Tudo cansa...
E quando é com o outro fica fácil dar aquele tapinha no ombro e mandar relaxar.
É como no texto do filtro solar:
(If you succeed in doing this, tell me how!)
Lembre-se dos elogios que vc recebe. Esqueça os insultos.
(Se você conseguir fazer isso, conte-me como!)
Me cansei de lero-lero
Dá licença mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar opiniões
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima
Desse chove-não-molha
Só sei que agora
Eu vou é cuidar mais de mim!
Como vai, tudo bem
Apesar, contudo, todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Se por acaso morrer do coração
É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz!
Ana Mineira
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
A POLITICAGEM DO BBB
Um pouco de consciência política não fará mal ao País da corrupção!!!
Beijos,
Aninha
obs.: aproveito a oportunidade para deixar um beijo à pessoa que proporcionou a maior alegria da minha vida, dando a luz à minha sobrinha!!!! Feliz aniversário Dé... irmã como vc, não existe!!!! Te amo demais!!! Obrigada por existir e por me dar a oportunidade de ter a Nanda ao meu lado!!!
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
PRIMEIRO DIA DO ANO!!! OPS... QUER DIZER: QUARTA-FEIRA DE CINZAS!!!!
Ah... O carnaval se foi...
Sem querer ser do contra e já sendo:
Graças a Deus!!!!
Já não aguentava dias meio úteis... Já não aguentava ouvir que "depois do carnaval"... Acabou! Sem desculpas agora!
Feliz ano novo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E a Quarta-Feira de Cinzas, hein?! O que significa mesmo? Nesse país tão religioso e tão pouco religioso?? Nesses tempos de comodidade e desesperança? Que que é isso, afinal de contas?
Meu lado carola vai contar pra quem não sabe...
(Deboniando também é cultura.)
Toda quarta-feira de cinzas minha avó aparecia com uma mancha preta na testa. Quando eu era pequena aquilo me intrigava muito, como ninguém nunca me dava uma resposta satisfatória (imaginem que criança chata eu fui...), com o tempo comecei a achar que ela batia a testa na torneira do tanque (minha vó adorava um tanque!!). Depois fui descobrir que aquilo era a cinza dos ramos do Domingo de Ramos, que eram icinerados e depois usados para ungir os Católicos e lembrá-los do início da quaresma. Compliquei???
Tá... com calma: os ramos (folhas de coqueiro e palmeira) são levados pelos fiéis à missa do domingo antes da tal quarta-feira para lembrar a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém (a entrada foi tão triunfal que chamou atenção dos poderosos que crucificaram Ele dias depois). Aí eles queimam os ramos (não me perguntem eles quem... os padres provavelmente...) e passam na testa das pessoas na missa da Quarta-Feira de Cinzas. Por quê!? Para lembrar o sofrimento de Jesus. Essa é a proposta para os 40 dias que separam o Carnaval da Páscoa.
Isso não faz o menor sentido?? É coisa de gente antiga que não se usa mais? Só se for na terra de vocês... Porque por aqui muita gente ainda (pessoas absolutamente insuspeitas) leva a quaresma muito a sério. É um período de penitência, de sacrifício e antigamente a Igreja Católica exigia jejum de todas as pessoas entre 18 e 60 anos. Isso quando ela podia exigir alguma coisa, né? Ultimamente sugere, muito gentilmente, dois dias sem comer carne, o primeiro e o último dia, ou seja a Quarta Feira de Cinzas e a Sexta feira da Paixão. Mas tem muita gente que inventa suas próprias penitências, o que eu acho que faz muito mais sentido. Por exemplo: para alguém que quer emagrecer jejum é penitência??? Então as pessoas usam a imaginação. Tem os que não bebem cerveja (montes deles!!!!), os que não bebem café, os que não comem doce, os que não comem chocolate, os que não falam palavrão (esquisito, né?!), os que não comem pão... enfim... cada um no seu quadrado...
Eu, pessoalmente, tão pessoalmente quanto Fernando Pessoa (tá, trocadilho infame...), acho que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena". E se quarenta dias privado de alguma coisa que goste vão ajudar alguém a refletir sobre a bondade humana, que seja. Religiosidade é pra isso, pra nos dar desculpas pra fazermos de vez em quando e por obrigação coisas que deveríamos fazer sempre e espontaneamente... Portanto... uma Quaresma proveitosa pra todo mundo!
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
TERÇA FEIRA DE CARNAVAL
Diz a lenda que hoje é o ultimo dia do Carnaval!!!!
Há quem comemore, por não curtir a data... há quem entristeça, porque acabou a festança...
Meu Carnaval foi estudar, ver filmes (ótimos, por sinal) e conversar com os amigos... não tenho o que reclamar... rolou uma confusão mental (que ainda não foi esclarecida), mas nada que me tire o sono...
Se eu não me engano, quem fecha o Carnaval de Salvador é o Chiclete (ou será o Asa?)... quem quer que seja, é tuuuuuuudo de bom...
Estou escrevendo e a Mangueira nem entrou na Avenida ainda...
Não escrevo nada com nada, porque estou BEM cansada...
Amanhã é dia de saber a campeã do Carnaval de São Paulo...
Amanhã tem eliminação no BBB...
Amanhã acaba o feriadão....
Amanhã eu vou estudar mais... e ver mais filmes...
Amanhã é o dia mais perto do próximo Carnaval...
Amanhã... amanhã... amanhã...
Amanhã é o primeiro dia do resto de nossas vidas!!!
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
AINDA É CARNAVAL

Só que os nossos saem uma semana antes do carnaval pra aproveitar enquanto as pessoas ainda não fugiram da cidade.
E o maior e mais tradicional também se chama Banda Mole...
Que, na verdade, não passa de uma desculpa pra homaiada encher a cara no sábado, de com força, e subir a Rua da Bahia vestidos de mulher.
É uma grande farra.
Meu irmão é um grandessíssimo mal-humorado que odeia carnaval e toda e qualquer festividade.
Antes era ainda pior porque ele era mais "rock'n'roll".
E foi nessa época que em pleno dia de Banda Mole ele foi parar na Praça da Liberdade. Ele e um amigo tão chato quanto ele.
Entraram em uma lanchonete, que logo depois foi invadida pelas "meninas" fazendo aquela algazarra.
E aí ficaram os dois de cara amarrada bancando os superiores, sem olhar para os lados, nem dar confiança.
Foi quando um dos caras se aproximou dele, pôs a mão no ombro e disse baixinho:
"Olha, isso aqui é uma brincadeira...
Estamos todos nos divertindo...
Mas se você não tiver espírito esportivo eu te lasco um beijo na boca agora."
E ele sorriu amarelo imediatamente.
Lado triste dessa história: Eu não tava lá!
O que eu não daria pra ter presenciado uma cena dessas...
Beijos
Ana Mineira
domingo, 14 de fevereiro de 2010
MAIS CARNAVAL
obs.: Em tempo, Happy Valentine's day!!!!
sábado, 13 de fevereiro de 2010
OUTROS CARNAVAIS
Belo Horizonte é uma cidade bem provinciana (posso falar à vontade, sou filha dela e fã irremediável), com todo seu status de terceira capital do país e problemas de metrópole é, como muitos de nós costumamos dizer em momento de irritação extrema, uma roça. Meu bairro é pior. É a roça dentro da roça. Aqui falta pouco pra gente se chamar de "cumpadre". Dentro da roça, que fica na roça, tem um clube. O Oásis Clube. Ou para os íntimos Oásis Night Club. Ou para os ainda mais íntimos: o Nights. A melhor coisa do Nights pra mim é o slogan, uma verdadeira pérola da publicidade: "Tranquilidade dentro da cidade."
Nunca fui sócia, mas até os 18 anos, tinha uma época do ano, em que frequentava o Nights religiosamente: o carnaval. Até hoje ainda fico meio nostálgica quando vai chegando... Já passei a folia na Bahia com trio elétrico e tudo mais, no interior, em diferentes cidades, na praia, na montanha, na fazenda, enfim, já tive uma cota satisfatória de carnavais. Mas, em se tratando de inesquecível, nada se compara aos meus tempos de Oásis Clube. Alguns devem estar pensando: "Santo programa de índio, Batman!" E era mesmo. Aliás, todo mundo sabe, que ficar nessa cidade durante o carnaval é, por si só, uma tremenda fria. Acontece que na minha infância meus pais raramente podiam viajar, eu ficava aos cuidados da minha avó e essa era a única opção.
Os bailes aconteciam em três sessões: a matineé, o soireé e o carnaval noturno. Todos nós no bairro começávamos pelo baile infantil. Ainda me lembro da primeira matineé que fui, o salão lotado, fiquei assustadíssima... Com o tempo fui me acostumando até ficar com vontade de ir ao soireé, que era juvenil, digamos assim. A dinâmica dos bailes diurnos era esquisitíssima, digna da época. Havia uma roda, que girava em torno de si, com as pessoas entrelaçando os braços em grupo. Em volta dessa uma outra roda pra quem só queria observar. De manhã, além das crianças catando confete no chão, tinha os adolescentes em começo de carreira, 13, 14 anos e os pré-adolescentes ensaiando na tal roda. A tarde a vez dos "grandes", só meninos e meninas entre 13 e 20 anos (será q alguém ali chegava a ter 20?). O ano em que mesmo frequentando o baile da manhã você conseguisse permissão dos seus pais para ir ao soireé era um acontecimento memorável, um verdadeiro rito de passagem...
A música era mecânica e praticamente a mesma ano após ano. Misturavam-se as eternas marchinhas, músicas tradicionais, sambas, frevos e MPB carnavalesca com os hits daquela temporada. O salão era um forno. E se já estávamos pegando o boi de nos deixarem ir ali, tínhamos que nos virar com o dinheiro que davam, que geralmente era uma miséria... Acabava o dinheiro pra comprar refrigerante?? O bebedouro era logo ali... Então, se era tanto desconforto, tudo tão precário... Por que tanta saudade??
Estávamos no auge da adolescência, nos divertíamos como se o mundo fosse acabar na quarta-feira de cinzas. Quase todos ali eram moradores do bairro, mas durante o resto do ano tínhamos poucas oportunidades de trocar mais do que olhares. E naquele lugar a vigilância de adultos era quase zero... a não ser para os pobres coitados que eram obrigados a ir acompanhados e que ficavam com uma cara...Era tempo de liberdade, de paquera. Os amores, de carnaval ou não, eram a grande motivação de todo mundo. Então só nos preocupava quem ia, como ia, com quem ia e se ia voltar no dia seguinte . A sensação era indescritível, nunca ficava chato, cada volta naquela roda era emocionante. Tanta intensidade que dava frio na barriga.
Hoje vejo aqueles mesmos rostos (ninguém muda dessa pocilga!!!) sem as bochecas e formas da puberdade, é claro. E sem os shortinhos (ah... o meu shortinho jeans e seu eterno inimigo... meu pai...), blusinhas e camisas de bloco... E não mais flertando... Vejo no supermercado, no sacolão, no banco, nas portas das escolas atravessando crianças. Mas consigo lembrar de cada um dentro daquele salão, em seu lugar preferido, esperando sua paquera passar... Lembro das sensações, de olhares ansiosos e corações disparados. Lembro de cada música... E da tristeza que a gente sentia quando o locutor dizia "Até o ano que vem." É fácil olhar pra trás e perceber que aquelas cores, e cheiros e sentimentos não eram pela época do ano, eram pela época da vida e constato isso sem a menor melancolia. Sei que foram os melhores carnavais de todos os tempos porque estavam impregnados de adolescência!!
tá fazendo um ano...
foi o carnaval que passou!
Eu sou aquele pierrot
que te abraçou
e que te beijou, meu amor...
A mesma máscara negra esconde o teu rosto
eu quero matar as saudades...
Vou beijar-te agora,
não me leve a mal...
Hoje é carnaval...
Ana Mineira
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
George Clooney, por Luis Fernando Veríssimo
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
O MAIS PURO MALTE DO CHÁ
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
FAMÍLIA ESCOLHIDA

Adoro Tigrão - O filme (e quem ainda não percebeu que não se trata de pornô, mas de filme da Disney é melhor parar por aqui). É uma história sobre o Ursinho Pooh (termo técnico de última geração, não se diz mais Puff como antigamente) e seus amigos. Eles na verdade são bichos de pelúcia do menino Christopher Robin, que imagina suas aventuras num lugar chamado "Bosque do Cem Acres".
Nesse filme, um longa metragem de animação lindamente produzido, um dos animais, o Tigrão (obviamente um tigre de pelúcia) começa a se preocupar com suas origens, afinal de contas ele é o único da sua espécie por ali. E fica deprimido ao constatar que não tem família. (Atenção: a partir desse ponto esse texto se torna um spoiler, se você não quer saber como termina o filme não continue lendo. hahahahaha...) Seus amigos então se mobilizam para confortá-lo. Planejam uma festa surpresa cheia de "tigrões", que na verdade são eles disfarçados. Para assim, no final, Tigrão entender que sua família sempre esteve ali.
Eu sou um ser humano privilegiado. Tenho uma família maravilhosa, capaz de qualquer coisa por mim. Mas uma família nuclear, pequena: pai, mãe, um irmão, minha avozinha (que não está mais aqui) e meu filhote. Nunca tive grandes contatos com primos, primas, tias, tios. Aliás, nas famílias dos meus pais qualquer velório vira novela. Mexicana.
Mas aí, mais uma vez, os privilégios: tenho amigos. E não só amigos para farras, para alegrias. Amigos que levam meu bem-estar a sério. Muito a sério. Talvez por ser tão abençoada, nem posso ficar triste. Eles não admitem. "Chega disso!" Tenho amigos capazes de verdadeiros malabarismos pra fazer minha vida melhorar. Tenho outros que imaginam até vinganças por mim, quando eu nem pensei nisso. Tem os que planejam minha vida, os que arrumam minha roupa (igual minha mãe), os que se preocupam com meu corte de cabelo, se almocei, se corri, se dormi pouco, se estou dormindo muito, se engordei ou se emagreci demais. Eles conversam entre si em verdadeiros "complôs" para assegurar minha felicidade e paz de espírito. Brigam ferozmente comigo defendendo os meus interesses. E tantas vezes põe esses interesses acima dos seus. Respeitam meus silêncios e não levam a sério minhas broncas. São fãs do que quer que eu faça... Quem precisa de parentes com uma família assim? Uma que foi escohida e colocada na minha vida cuidadosamente como os bichinhos de pelúcia no "Bosque dos Cem Acres".
Queridos cínicos de plantaõ, o texto está piegas??? Meio brega?? Sinto muito, mas não posso ignorar a presença de criaturas que têm tantos cuidados comigo, nesse mundo que, às vezes, fica inacreditavelmente árido. Eles são meu seguro de fé na humanidade. E eu não saberia viver de outro jeito. Chego a me sentir meio invencível, porque não importa em quantos pedaços a vida me parta, sei que eles vão estar sempre ali pra me colocar inteira de volta. Amo vocês!
Beijos
Ana Mineira